7.12.01

Chris Ware e seu Jimmy Corrigan: The Smartest Kid on Earth ganharam o Guardian First Book Award, que premia o melhor primeiro livro publicado por um autor, independente do gênero e formato.

Não é a primeira vez que uma história em quadrinhos ganha um prêmio concorrendo com prosa. Neil Gaiman já havia levado o World Fantasy Award por uma edição de Sandman e Alan Moore venceu o Nebula e o Hugo com Watchmen. A diferença é que esses são prêmios específicos de gêneros (fantasia e ficção científica) e o prêmio do Guardian é mainstream.

Eu aredito que esse é um passo muito mais importante para o reconhecimento dos quadrinhos do que Frank Miller vender duzentas mil cópias da continuação de Cavaleiro das Trevas. Mesmo que muitas pessoas apontem o final da década de 80 e início da década de 90 como uma época fantástica para os quadrinhos, acho que hoje há uma diversidade bem maior que então.

Pena que uma fatia ínfima disso chega no Brasil.

Li muito pouco da série e dos trabalhos de Ware (só os primeiros quatro números da Acme Nolty Library), mas realmente é muito bom. Tanto Jimmy Corrigan, quando Quimby: The Mouse são uma série de pancadas na cabeça. Há momentos que é quase impossível não chorar. E sem apelações, o que é mais impressionante.